quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Universidade Casa de Bruxas


Se houvesse uma universidade que ensinasse as pessoas a serem católicas verdadeiramente e mostrasse o caminho da santidade, certamente estaria cercada de perseguições. Mas [...] "esta é a vossa hora e o poder das trevas" (Lc 22:53). Já ouviram falar de universidade Casa de Bruxa? Mas ela existe.

[...] “Quem passa pela R. Almirante Protógenes, em Santo André, costuma ficar surpreso ao se deparar com um castelo. É ali que funciona a Universidade Livre Holística Casa de Bruxa, que já possui 14 anos de história.”

“Iniciativa de Tânia Gori, que começou seus estudos nas Ciências Ocultas com sua avó, a casa conta com cerca de 800 alunos e oferece cursos livres e profissionalizantes, relacionados a terapias alternativas, qualidade de vida e desenvolvimento pessoal.”

[...] “A Casa de Bruxa também atua com oráculos, atendimentos ambulatoriais e possui uma loja de produtos.”

“Sobre a razão que levou à escolha do nome, Tânia explica que trata-se de uma homenagem aos
ancestrais que iniciaram as terapias alternativas antes da Medicina tradicional, aos grandes filósofos e cientistas e às muitas outras pessoas que se aventuraram na ciência da natureza.”

E ainda diz: “Com certeza os renomados cientistas de hoje foram as bruxas e os magos de ontem”.

Os textos entre aspas são entrevista publicada pela Revista IN número 227 – outubro de 2010 – ano 22.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Somos estrelas nesse mundo tenebroso


A noite vem descendo devagarzinho.
O homem atento, observa na quietude do silêncio.

Uma estrela aqui, outra ali e outra mais acima.
Que distância elas tem uma das outras...
Se elas pudessem pensar talvez pensariam:
“Estou no isolamento”.

Mas aqui debaixo, na Terra, quando
observamos o conjunto das estrelas,
elas não nos dão a impressão de isolamento.
Mas sim de harmonia celeste.
E no entanto elas estão tão distantes uma das outras...

Assim são os bons nos tempos de trevas...
Parecem isolados... sozinhos...
Mas no conjunto do mundo são uma harmonia que brilha na noite...

Ouvimos aqui e acolá noticias de pessoas conservadoras...
fatos dignos de nota...
resistência ao mundo moderno e ateu.

Mas... Mas... Mas...
Do alto do Céu, os anjos olham para nós
Vêem um mundo escuro como a noite,
mas estrelado pelas almas dos que sofrem perseguição por amor à Deus.
Uma linda constelação de almas brilhantes.

No auge do sofrimento, do isolamento, da perseguição moral silenciosa e cruel,
haverá aqueles que pensam: “Estou sozinho, no meio desse mundo de pecados?”

E é isso que nossos inimigos quer que pensemos.
Que estamos sozinhos, isolados e portanto liquidados.
Até silenciam as noticias de que em toda a parte do mundo, nos estados e nas cidades,
a juventude ainda procura a música clássica,ainda há o gosto pelos trajes tradicionais, ainda há os que rezam e resistem aos disparates da modernidade.

E nesse contexto eu brado de coração:
“Não estamos sós. E sabemos disso”.
É só ir às salas de concertos musicais e vemos que estão repletas de jovens de
todas as idades. Em alguns ambientes o gosto pelos trajes tradicionais ainda vive.
Longe das pessoas medíocres, ainda há os que gostam da boa e saudável conversa.
É só procurarmos que achamos tudo isso.

As trevas desse mundo contemporâneo somente serviram
para realçar o céu estrelado das almas católicas que ainda anseiam por
Civilização Cristã.

Só quem é da noite não vê a luz das almas-estrêlas, como
os morcegos e as corujas do mundo moderno. Esses
procuram o negrume da noite, vivem para isso.

Apesar do isolamento que muitas pessoas sentem,
até mesmo entre as próprias pessoas que as rodeiam, se procurarem ainda vão encontrar suas "irmãs-estrêlas", mas é preciso procurar, ir nos ambientes onde os gostos
bons convergem para o mesmo fim.

Mas tenhamos sempre claro que são estrelas que precisam ser encontradas, pois vivemos na noite da história, e numa noite das mais escuras e tenebrosas.

PORÉM, jamais nos esqueçamos que depois da noite, vem o sol. E no sol não se enxergarão mais estrelas, apesar delas sempre continuarem a existir, por que TUDO será Luz.

E ninguém poderá deter a Aurora do bom senso
e do bom gosto.

Termino clamando pela mais bela das Estrêlas:

Stela Matutina, ora pro nobis
(Estrela da Manhã, Rogai por nós – trecho da Ladainha de Nossa Senhora)

Autoria do meu irmão Jorge do Blog Almas Castelos

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Quem não tem uma espada, venda seu manto e compre uma

Depois do que já se disse neste Blog, algumas pessoas me perguntaram sobre o real sentido da caridade cristã. E também me colocaram a seguinte questão: se a corrupção do mundo moderno já não corrompeu também o significado de caridade cristã.

Esclareço que ser caridoso, não significa ser pacifista, e nem tolerar o erro. Com os homens de boa vontade - todo sacrifício vale a pena. Com os de má vontade que Deus utilize sua Infinita Justiça. Pelos idos anos de 1800, quando o Beato Papa Pio IX reinava no Trono de Pedro, ele disse: "O Homem se encontra tão afastado de Deus, que é preciso catequizá-lo novamente."
Imaginem. Em pleno século XIX!!!!!

Quem diria no mundo de hoje onde esqueceu-se totalmente da religião e o homem cada vez mais só pensa nos prazeres desta vida, e por isso CRIOU (MELHOR SERIA DIZER: INVENTOU) UM DEUS A SUA MANEIRA, que não pune, que não vinga, que é sempre bondoso e perdoa tudo. Então "podemos pecar a vontade.... pois Deus é muito bom e não pune ninguém"... Inferno ? Ah! Isso é uma coisa do passado... Hoje em dia, nem confissão precisa... é só ter bom coração que Deus perdoa tudo.... INFELIZES OS QUE PENSAM DESSA FORMA.

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, É VERDADEIRAMENTE DEUS, E JAMAIS FALHOU NA CARIDADE CRISTÃ, NEM MESMO QUANDO CHICOTEOU OS VENDILHÕES DO TEMPLO.

Conto uma pequena história para exemplificar uma citação do evangelho:

São Venceslau, príncipe da atual Republica Checa, era filho de Wratislau e de Draomira. Era um príncipe cristão e como tal conduziu seu povo nos princípios do cristianismo.Falecendo seu pai, sua mãe – mulher má e anti-cristã – desencadeou uma grande e desumana perseguição aos cristãos, tirando o seu próprio filho do trono à força.Mas São Venceslau ainda continuava perseverante ao cristianismo e isso atraiu o ódio de sua mãe Draomira que estava tão transtornada de ódio que juntamente com seu outro filho Boleslau arquitetou um plano diabólico para acabarem com sua vida. No dia 28 de setembro de 929, durante a festa de batismo de seu sobrinho, enquanto todos festejavam, Venceslau retirou-se para a capela para rezar. Draomira sugeriu ao filho Boleslau que aquele seria o melhor momento para matar o próprio irmão. Boleslau invadiu a capela e apunhalou o irmão no altar da igreja.

Daí, compreende-se bem o que Nosso Senhor disse:

"Julgais que vim trazer a paz à terra? Não, vos digo eu, mas a divisão; porque de hoje em diante, haverá numa casa cinco pessoas, divididas três contra duas, e duas contra três. O pai contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora, e a nora contra a sogra" (Luc. XII, 51-53).

"Não julgueis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada. Porque vim separar o filho de seu pai, e a filha de sua mãe, e a nora de sua sogra. E os inimigos do homem serão os seus próprios domésticos" (Mt. X, 34-36).

"Agora, quem não tem uma espada, venda o manto e compre uma" (S.Lucas XXII, 36)

"Maldito aquele que não ensangüentar a sua espada" (Jer. XLVIII, 10)


Apóstolo São Tiago com a espada lutando contra os mouros.

Crédito da postagem: http://almascastelos.blogspot.com/2010/07/quem-nao-tem-uma-espada-venda-seu-manto.html

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Das bem-aventuranças evangélicas e “O Combate”


É bom esclarecer o que alguns têm me questionado: “Gosto muito de todas as postagens do seu Blog, inclusive as de catecismo. Mas estou com saudades das histórias dos grandes combates da Igreja e dos Católicos.”
Respondo: É bom saber por que os inimigos da Igreja odeiam a Igreja e os Católicos. E não é difícil de responder: a prática das virtudes, das bem-aventuranças, o caminho da santidade causa ódio nos que odeiam a Igreja. Um católico que vive de conformidade com o mundo não é odiado, muito pelo contrário, ainda é elogiado pelos que odeiam a virtude. A maior vitória dos inimigos da Santa Igreja é fazer com que um católico viva de conformidade com o mundo moderno. Um católico que vive no meio do satânico rock pesado (heavy metal), que usa os trajes escandalosos da moda, que aceita todos os disparates da modernidade... que ódio esse católico atrairá?

Mas imaginem um católico de princípios; que não segue a moda escandalosa; que ouve músicas boas e repudia as más; que vai à missa e se confessa; que pratica as virtudes, que constituiu sua família nas bases sólidas do cristianismo... Esse católico e sua santa família é como um navio “couraçado” que bate de frente com as tendências revolucionárias do mundo de hoje... Ele acaba sendo invejado e ao mesmo tempo odiado...

De nada adiantaria eu fazer as postagens se essas não fossem um convite à prática da virtude e do caminho da santidade. Sendo assim, os convido para o maior de todos os combates: o combate ao pecado com vistas a uma vida santa.


As bem-aventuranças evangélicas são oito:
1 — Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino do Céu.
2 — Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a Terra.
3 — Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
4 — Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
5 — Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia.
6 — Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
7 — Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.
8 — Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino do Céu.

Jesus Cristo propôs as bem-aventuranças para fazer detestar as máximas do mundo e para convidar a amar e praticar as máximas de seu Evangelho.

O mundo chama bem-aventurados aqueles que abundam em riquezas e honras, que vivem alegremente e não têm nenhuma ocasião de sofrer.

Os pobres de espírito, segundo o Evangelho, são os que têm o coração desapegado das riquezas; delas fazem bom uso, se as possuem; não as procuram com solicitude, se não as têm; e sofrem com resignação sua perda, se lhes são tiradas.

Os mansos são aqueles que tratam o próximo com brandura e sofrem com paciência os defeitos e as ofensas que deles recebem, sem querela, ressentimento ou vingança.

Os que choram, e no entanto são chamados de bem-aventurados, são os que sofrem resignados as tribulações e se afligem pelos pecados cometidos, pelos males e pelos escândalos que se vêem no mundo, pela ausência do paraíso e pelo perigo de perdê-lo.
Os que têm fome e sede de justiça são aqueles que desejam ardentemente progredir cada vez mais na graça divina e na prática das obras boas e virtuosas.

Os misericordiosos são aqueles que amam a Deus e, por amor de Deus, o próximo, compadecem-se das suas misérias espirituais e corporais e procuram socorrê-lo segundo as suas forças e o seu estado.
Os puros de coração são aqueles que não têm nenhum afeto ao pecado, se afastam dele e evitam sobretudo toda sorte de impureza.

Os pacíficos são aqueles que conservam a paz com o próximo e consigo mesmos e procuram estabelecer a paz entre aqueles que estão em discórdia*.
Os que sofrem perseguição por amor da justiça são aqueles que suportam com paciência os escárnios, censuras e perseguições por causa da Fé e da lei de Jesus Cristo.

Os diversos prêmios prometidos por Jesus Cristo nas bem-aventuranças significam todos, sob diversos nomes, a glória eterna do Céu.
As bem-aventuranças não nos alcançam somente a eterna glória do paraíso, mas são também meios de conduzir neste mundo uma vida feliz, tanto quanto possível. Certamente os que seguem as bem-aventuranças recebem já alguma recompensa ainda nesta vida, porque gozam de uma paz e um contentamento internos que são o princípio, embora imperfeito, da felicidade eterna. Os que seguem as máximas do mundo não são felizes, porque não têm a verdadeira paz de alma e correm o perigo de se condenar.
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Traduzido do Catechismo Maggiore promulgato da San Pio X, Roma, Tipografia Vaticana, 1905, Edizione Ares, Milano, pp. 212-215.

Nota da redação:*Evidentemente não se trata de uma paz a qualquer preço, mas sim daquela que é fruto da justiça. Dando-se a Deus o louvor que Ele merece, e a cada um o que é seu, age-se com justiça e se obtém a paz. De um mundo baseado nas ofensas a Deus, como o nosso, não se pode esperar uma paz verdadeira.