segunda-feira, 28 de junho de 2010

O Inferno e o Castigo

Uma coisa que se deve sempre ter em vista é que o maior artifício do demônio é fazer acreditar que ele não existe, e que portanto pode pecar a vontade pois não há inferno.
Mas Nossa Senhora de Fátima fez um alerta esclarecedor: “O INFERNO EXISTE MESMO” e para provar que as profecias de que falava era verdade, fez o sol girar no céu E TODOS VIRAM ISSO.Nada melhor do que ler o que a própria Irmã Lúcia escreveu:

Terei para isso que falar algo do segredo e responder ao primeiro ponto de interrogação.
O que é o segredo?
Parece-me que o posso dizer, pois que do Céu tenho já a licença. Os representantes de Deus na terra, têm-me autorizado a isso várias vezes, e em várias cartas, uma das quais, julgo que conserva V. Ex.cia Rev.ma do Senhor Padre José Bernardo Gonçalves, na em que me manda escrever ao Santo Padre. Um dos pontos que me indica é a revelação do segredo. Algo disse, mas para não alongar mais esse escrito que devia ser breve, limitei-me ao indispensável, deixando a Deus a oportunidade d'um momento mais favorável.
Expus já no segundo escrito a dúvida que de 13 de Junho a 13 de Julho me atormentou e que n'essa aparição tudo se desvaneceu.
Bem o segredo consta de três coisas distintas, duas das quais vou revelar.
A primeira foi pois a vista do inferno! Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fôgo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados em êsse fôgo os demónios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronziadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que d'elas mesmas saiam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faulhas em os grandes incêndios sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dôr e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demónios destinguiam-se por formas horríveis e ascrosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa bôa Mãe do Céu; que antes nos tinha prevenido com a promeça de nos levar para o Céu (na primeira aparição) se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor.


Em seguida, levantámos os olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza: — Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores, para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra peor. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sufrer, várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será consedido ao mundo algum tempo de paz.

Já o terceiro segredo que ficou guardado por longos anos, depois veio a público, trazendo notícias de que Deus estava descontente com o mundo e que o castigo realmente viria:

J.M.J.
A terceira parte do segredo revelado a 13 de Julho de 1917 na Cova da Iria-Fátima.
Escrevo em acto de obediência a Vós Deus meu, que mo mandais por meio de sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe. Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fôgo em a mão esquerda; ao centilar, despedia chamas que parecia iam encendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos n'uma luz emensa que é Deus: “algo semelhante a como se vêem as pessoas n'um espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”. Varios outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fôra de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dôr e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de juelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam varios tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e varias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, n'êles recolhiam o sangue dos Martires e com êle regavam as almas que se aproximavam de Deus.

domingo, 27 de junho de 2010

Conselho Ordem de São João

"Chapter-general of the Knights of Saint-John of Jerusalem, convoked at Rhodes by Grand Master Fabrizzio Caretto, to obtain subsidies to resist an expected assault on Rhodes by the Ottoman sultan Suleiman I in 1514"
Claude Jacquand - 1839 - Images from the Salles des Croisades at Versailles; Salle 5

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Castelos e Nobreza

Por se tratar de um Blog, escrevo muito rapidamente sobre a formação dos Castelos e sobre a Nobreza. Vejamos:


No início do Cristianismo, quando na Europa haviam aldeias, eram constantes as invasões bárbaras. As pequenas cidades medievais, muitas vezes, eram saqueadas pelos bárbaros, que adentravam na cidade, matando, escravizando e roubando coisas, mulheres e crianças. Além do mais, tudo isso era feito com requinte de crueldade, pois os bárbaros pegavam as crianças e faziam-nas ajoelhar perante os falsos deuses. E seus pais eram mortos vendo seus filhos se transformarem em “pequenos bárbaros”.
Era preciso reagir. Então os proprietários das terras, da cidade medieval, resolveram construir uma muralha que protegesse a cidade. Com a muralha construiu-se uma torre para que um vigia ficasse de alerta contra os bárbaros. Foi assim que surgiram os primeiros CASTELOS medievais. No centro do Castelo estava a Igreja. Entregar aos bárbaros o Castelo era o mesmo que entregar aos inimigos a Igreja: então lutemos!

Na medida em que a cidade crescia, era preciso organizar quem ia para guerra.
Assim, os Barões se reuniam e escolhiam um Visconde para chefia-los.
Quanto mais cidades se agregavam entre si, maior deveria ser a organização. Então os Viscondes se reuniam e elegiam um Conde. Depois os Condes se reuniam e escolhiam um Marques. Marqueses escolhiam um Duque e os Duques escolhiam o Rei. Assim surgiu também a Nobreza medieval. Os nobres eram obrigados a irem para a guerra, porém não o povo. Mas se alguém do povo decidisse ir para a guerra, era pago pelos Nobres. E se esse alguém do povo se destacasse em heroísmo poderia até ser condecorado a Nobre ganhando um título de nobreza.


Assim, organicamente e na necessidade de defesa, surgiu a sociedade medieval. Com o desenvolvimento das cidades medievais - os Burgos - os comerciantes foram também se organizando formando a Burguesia, mas isso já é para uma outra matéria.



Depois da queda da Idade Média, com o passar do tempo, houve uma "pequena" modificação nessa ordem: os governantes ficam em suas casas e o povo vai para a guerra.


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Os Mártires da Revolução Francesa e o Lema de Charette

A santidade de quem reagiu contra a Revolução Francesa.

O jornal "O Estado de são Paulo" de 11 de fevereiro de 1984, anunciou que o Papa João Paulo II iria beatificar os Mártires da Revolução Francesa.Como de fato foram beatificados.

Conta o Abade de Salamon, testemunha ocular, miraculosamente livre da matança ocorrida na madrugada de dois de setembro: “Os outros prisioneiros que já se encontravam na Abadia foram avisados que, no Convento do Carmo, todos haviam sido trucidados. Diante de tal notícia, todos se jogaram aos pés do Pároco de San Jean au Gréve, pedindo-lhe com grande pesar a absolvição in articulo mortis.

O Decreto para a Beatificação relata que religiosos foram mortos no interior da Casa, ou jogados pela janela na estrada, onde havia mulheres ferocíssimas que se precipitavam sobre os sacerdotes para espancá-los com bastões até sangrar; não contentes com isso, subiam sobre os carros, onde eram depositados os corpos, e os pisoteavam, cortavam-nos em pedaços e mostravam, com orgulho, os membros aos passantes gritando: “Viva a Nação”.

Os padres Cláudio e Eustáquio foram beatificados, junto a outros 189 mártires da Revolução Francesa. Sua festa litúrgica acontece no dia 2 de setembro

Charette, um dos líderes da Vandéia, tornou-se um verdadeiro mito. Tão querido entre os seus, certa vez quando viu os revolucionários franceses avançando, e os católicos foram recuando, apanhou seu chapéu – que tinha um belo penacho – jogou no meio dos revolucionários e perguntou:
- Quem irá buscar meu chapéu?
O entusiasmo por Charette era tanto, que os católicos avançaram com tanta bravura, que venceram os revolucionários e trouxeram o chapéu de Charette.


Ditos de Charette:

“Se eu avançar, sigam-me
Se eu morrer, vinguem-me.
Se eu recuar, matem-me."

"Combatido: sempre; batido: às vezes; abatido: jamais".

Os Males da Revolução Francesa na Itália

A Revista Catolicismo fez uma entrevista com um dos maiores estudiosos e escritores do assunto, Prof. Massimo Viglione, autor de dois livros recentíssimos sobre o assunto: Rivolte dimenticate. Le insorgenze degli italiani dalle origini al 1815 [Rebeliões esquecidas. A insurreição dos italianos desde as origens até 1815], Roma, Città Nuova, 1999 (340 pp.) e Le insorgenze. Rivoluzione & Controrivoluzione in Itália [As insurreições. Revolução e Contra-Revolução na Itália], 1792-1815, Milano, Edizioni Ares, 1999 (240 pp.).

Relato aqui alguns trechos do Prof. Massimo Viglione:

“Os soldados e funcionários de Napoleão eram “revolucionários” que vinham modificar pela força a essência da sociedade italiana, formada ao longo do tempo; vinham para aniquilar 1400 anos de civilização cristã, para substituí-la por uma sociedade laicista e igualitária.”
“Os franceses, sob as ordens de Napoleão, saqueavam tudo: as casas dos pobres, as igrejas, os hospitais, os “Montes de Piedade” (institutos de poupança e crédito fundados pela Igreja para benefício das classes mais necessitadas). Onde chegavam, impunham impostos de guerra sem limites, profanavam os conventos, cometiam sacrilégios contra o Santíssimo Sacramento, dispersavam as relíquias dos Santos, impunham leis ferozmente laicistas, e até uma que obrigava os Bispos a fazer o serviço militar... Além disso, levaram embora boa parte dos tesouros de arte da península italiana, inclusive a própria Imagem de Nossa Senhora de Loreto e os célebres cavalos de bronze da Basílica de São Marcos de Veneza. O maior furto da História, feito em nome da fraternidade!”

“Em Mondovì, foram massacrados a fio de espada 1500 mulheres e crianças em apenas uma hora de repressão, outras 1500 pessoas em Isernia, 2200 em Amantea, 9000 em San Severo, 4000 em Andria, sem contar os 10.000 mortos em Nápoles, no levante dos Lazzari, durante o qual os napolitanos foram queimados vivos nas suas próprias casas. No dia 22 de agosto de 1806, na igreja de São Lourenço, em Reggio Calábria, dezenas de mulheres, velhos e crianças, que tinham procurado refúgio nesse lugar sagrado, foram queimados “até o último”. Ninguém lhes propôs sequer a rendição ou sair para fora, como reconheceu em seu relatório um oficial de José Bonaparte. Na Abadia de Casamari, ainda no ano 1799, depois de serem hospedados pelos monges, os soldados napoleônicos entraram na igreja para pisar com os cavalos as hóstias consagradas. Quando os monges jogavam-se no chão tentando recuperá-las, os franceses golpeavam-nos com os sabres, primeiro cortando-lhes os dedos, e depois, assassinando-os. Um recente cálculo refere-se a pelo menos 200.000 italianos mortos em defesa da Civilização Cristã," [...]
Diante dessas atrocidades os italianos reagiram.
“Na maior parte dos casos, as reações eram de caráter popular e espontâneo,” [...] “Somente depois do levante da população, os nobres, e às vezes até os sacerdotes, passavam a comandar o movimento. Mas todas as classes sociais participavam das insurreições, sem nenhuma exclusão. Sobretudo o povo miúdo, um pouco menos a burguesia, embora também ela tenha aderido no fim.”
“O caso mais clamoroso nesse sentido foi o do Cardeal Ruffo, em sua empresa de reconquista do Reino de Nápoles: tendo desembarcado no dia 7 de fevereiro na Calábria à testa de sete homens, já no mês de abril vemo-lo chefiando milhares de voluntários. E no dia 13 de junho entra vitorioso em Nápoles, com um exército imenso, para derribar a República jacobina e restaurar os Bourbons. A cidade de Arezzo organiza em poucos dias um exército de 38.000 voluntários e reconquista o Grão Ducado da Toscana.”
(Revista Catolicismo de julho de 1999)

A Vandéia destruída por ódio

Durante o período revolucionário, toda uma região da França — a gloriosa Vandéia — foi atrozmente esmagada por defender seus princípios e costumes católicos e monárquicos. Inferiores em número e em armas, seus habitantes — em geral simples camponeses, comandados aqui e ali por algum nobre — foram, em larga medida, massacrados.

“Em 1º de agosto de 1793 a Convenção votou a destruição da Vandéia: os bosques deveriam ser abatidos, os animais capturados, as casas confiscadas, as colheitas ceifadas. [...] Em 1º de outubro:
‘Soldados da liberdade, é necessário que os habitantes da Vandéia sejam exterminados antes do fim do mês de outubro: a salvação da Pátria o exige; a impaciência do povo francês o ordena; a coragem dos soldados o deve cumprir’.
"A Vandéia — exclama o Gal. Turreau — deve transformar-se num cemitério nacional."
Os relatórios políticos e militares são de uma precisão eloqüente: é necessário primeiramente eliminar as mulheres, ‘fontes reprodutoras’; e as crianças, ‘porque estão em fase de tornar-se futuros bandidos’. Com estas desaparece igualmente o risco de represálias e vinganças. Criam-se inclusive campos de extermínio reservados às crianças, como em Noirmoutier. Em Bourgneuf e em Nantes organizam-se afogamentos especiais para elas”
(Reynald Secher, La guerre de Vendée: guerre civile, génocide, mémoricide, in Le Livre Noir de La Révolution Française, Éditions du Cerf, Paris, 2008).
(Revista Catolicismo de Agosto de 2008)

sábado, 12 de junho de 2010

Heróis da Vendéia

Muitas são as fontes históricas que relatam o horror da Revolução Francesa. O que na verdade se pretendia era a destruição da Civilização Cristã (Encíclica Parvenu, de Leão XIII, livro Revolução e Contra-Revolução de Plínio Correa de Oliveira, e tantos outros). De fato, a grande perseguida era a Igreja Católica. Massacres em massa, padres assassinados, igrejas destruídas e queimadas...
São Luis Maria Grignion de Montfort, pregava uma igreja, numa pequena aldeia da França. Sua pregação era toda fértil. Havia convertido muitas pessoas. Escreveu o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem ensinando o método mais eficaz de se pertencer à Jesus Cristo pelas mãos de Maria Santíssima. Por isso foi perseguido.Em sua região, compôs várias músicas para que os fieis cantassem. Músicas essas lindíssimas e cheias de fé, conhecidas então como “Musiques du Père Montfort”.

O tempo passou. Cem anos depois rebentou a satânica Revolução Francesa, derrubando todo o seu ódio contra a Santa Igreja, querendo ser tirana da própria Igreja exigindo que os Padres jurassem fidelidade à Revolução, caso contrário: morte cruel.
O fato emociona. Na mesma região em que São Luis havia pregado, cem anos depois, homens católicos com as mãos postas e o terço nelas pendurado, cantando as canções do “Père Montfort”, partiam para a guerra, para o combate contra os inimigos de Deus: a Revolução Francesa. Essa gloriosa reação começou e teve seu maior auge da Vendèe (ou Vendéia). Heróis rezando o terço e partindo para a guerra e ainda cantando músicas Católicas de São Luis Maria Grignion de Montfort.


Conheçamos algumas lideranças desses bravos combatentes católicos:

François Athanase de Charette de la Contrie conhecido como “Charette”

Jacques Cathelineau conhecido como “Cathelineau”

Henri du Vergier, Conde de Rochejaquelein, conhecido como “Monsieur Henri ou Rochejaquelein"

Charles-Melchior Arthus, Marques de Bonchamps, conhecido como “Bonchamps”

Georges Cadoudal

Jean Chouan

VIVA A SANTA IGREJA! VIVA CRISTO REI! VIVA O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Alcazar de Toledo

Em 1936 o comunismo tentou dominar a Espanha. O Coronel Moscardo se reuniu com alguns poucos patriotas e se dirigiu ao Alcazar de Toledo (Antiga Academia Militar) e lá, homens e mulheres, fechando as portas do Alcazar, resolveram resistir heroicamente ao inimigo de Deus, da Pátria e dos homens: O Comunismo.


O chefe comunista, localizou o filho do Coronel Moscardo e prendeu-o, pensando que com isso o Alcazar se renderia. Telefonou ao Coronel Moscardo e ameaçou de matar o seu filho se o Alcazar não se rende-se. A Conversa por telefônica foi história e se encontra até hoje registrada nos arquivos da Espanha:

Em 23 de Julho de 1936, às três horas, Candido Cabello - chefe da milícia em Toledo - telefona para o Coronel Moscardó. Após identificar-se, fez um ultimato ao comandante do Alcazar:
- O senhor é responsável por todos os crimes e tudo o que está acontecendo em Toledo. Dou-lhe dez minutos para se render. Do contrário, fuzilarei seu filho Luís, que está aqui ao meu lado.
- Acredito - disse Moscardo.
- Para que saiba que digo a verdade - continuou Cabello - ele vai falar!
- Papai! - gritou Luis ao telefone.
- O que é, meu filho.
- Nada. Eles dizem que me matarão se o Alcazar não se render. Mas não se preocupe comigo.
- Se for verdade - replicou Moscardó - encomende sua alma a Deus, grite Viva a Espanha! e morra como um herói. Adeus, meu filho. Um beijo.
- Adeus, meu pai. Um grande beijo para o senhor também.
Quando Cabello voltou ao telefone, disse Moscardo:
- Pode esquecer o prazo que me deu. O Alcazar nunca se renderá!
E desligou o telefone.
Os Comunistas foram derrotados e a Espanha ficou livre do jugo comunista, graças a ação heróica do Coronel Moscardo.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Como se Destrói um Povo

Num lugar muito bonito havia uma pequena cidadezinha chamada Vila Feliz. Cidade aprazível, com casas bem feitas, ruas limpas, e no centro uma Igreja dedicada a mais pura de todas as criaturas: Nossa Senhora da Sabedoria. Havia harmonia, amizade e assim todos eram muito felizes.Certa feita, um estrangeiro chegou nessa cidade. Todos olhavam para ele com cautela, pois tinha o rosto sombrio, trajava roupas muito escuras e quase não falava. O estrangeiro andou por toda a cidade observando tudo e todos. Tinha o aspecto de soberba e no rosto uma sombra de malícia e maldade. Parecia o próprio demônio.

O estrangeiro se hospedou num hotel pequeno da cidade e começou a tratar todo mundo muito bem. Dava muitas gorjetas, procurava ser gentil, etc., e acabou por fazer amizade com muitas pessoas daquela região.
As pessoas até chegavam a pensar:

- Ele tem o aspecto horrível, mas é bom de coração. Coitado, não devemos julgar os outros. Ele realmente é uma pessoa boa.
Porém o que todos não sabiam é que o estrangeiro odiava a cidade, por que odiava o belo e o bom. Odiava tudo aquilo que Deus tinha criado, pois era um homem todo entregue ao mal.
Mas, dessa forma, iludindo a todos, foi se introduzindo na cidade e espalhando aos poucos, muito aos poucos, os seus péssimos costumes. Todos sabiam que ele era muito rico, mas ninguém sabia de onde vinha sua fortuna.
Criou uma fábrica, deu empregos, ajudou os necessitados, tudo sempre com segundas intenções.Uma coisa era notória: o estrangeiro nunca ia a Missa e jamais fazia o sinal da Cruz.

Boa amizade para os preguiçosos que começaram a ir às festas que ele fazia na sua propriedade, justamente na hora da missa. E muitos, para não perder o emprego, iam nas festas, pois o estranho não ficava agradado quando alguém faltasse.
A fama de “delícias” das festas foi se estendendo pela cidade, chegando ao ponto de poucas pessoas irem à missa, mas nas festas nababescas que o estrangeiro fazia ninguém faltava.
O espírito de piedade que então era o tônus da cidade, foi aos poucos se transformando em espírito festivo despreocupado e fútil.
O estrangeiro só observava e planejava...
Para alguns mais arrojados, chegou a oferecer drogas, e é claro foram aceitas.
Para outros mais “lentos” no processo revolucionário o estrangeiro oferecia comida em fartura, muita educação e polidez no trato (para que ele não perdesse nenhum dos que ali estavam, dava a cada um exatamente o que queriam de acordo com o grau de decadência que se encontravam). Mas jamais deixou de sempre forçar um pouco nas tendências revolucionárias, mas sempre moderadamente... espertamente....
Dessa forma o estrangeiro controlava a todos. E tinha todos na sua mão, longe da Igreja.
Assim foi por muitos anos, até que a cidade já estava toda inteira mergulhada no pecado.
Esqueceram-se até das aulas de catecismo e já não distinguiam entre o que era certo e errado. E ainda pior, achavam que o errado era certo. E que o certo era exagero do passado, mas ser moderno significava “o novo”, e era “o novo” que o estrangeiro trazia para todos.
Um certo dia, quando a cidade já estava toda controlada e dominada pelo estrangeiro, já toda decaída e a igreja abandonada, aconteceu a pior de todas as tragédias.O estrangeiro sabia que havia uma barragem de água desviando um grande rio para as margens da cidade. Já destruída a moral da cidade, já tendo todos em pecado, só lhe faltava uma ultima missão: destruir a cidade por completo. E assim o fez. Dinamitou as comportas da barragem e as águas repentinamente adentraram na cidade matando a todos, cobrindo a cidade toda até o pico mais alto de suas torres.

Agora sim. A missão do estrangeiro estava realizada. Era o demônio que, por ódio a Deus, queria destruir a alma e a cidade católicas.
Os barcos quando navegavam por aquele lago imenso sempre ouviam um sino... um sino misterioso que não sabiam de onde vinha...Parecia um toque de arrependimento...
Eram as águas que balançavam o sino da igreja submersa...
CONSELHO FINAL: Uma árvore sadia e forte, ninguém derruba. Apodreça-a para que depois uma leve brisa possa a derrubar tranqüilamente.
Primeiro destrua a moral e a ordem da cidade e de nossos jovens, por que depois eles ficarão a mercê de qualquer “poderoso”, desde que esse “poderoso” não proíba nada, dê liberdade total de costumes, e ainda crie leis que proíbam qualquer proibição.
Se essa história se parecer com os nossos dias, é mera coincidência.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Inimizades entre os Filhos da Virgem e os Filhos de Satã

Para os que se interessarem sobre uma profunda e sincera devoção à Nossa Senhora, recomendo o "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem", de São Luiz Maria Grignion de Montfort. Além de nos ensinar a excelência da consagração tão abençoada, é um livro profético.

Apresento aqui, pequenos trechos do início do livro, pois me parece ser bem útil para os católicos de nossos dias:

Nesses últimos tempos, Maria deve brilhar, como jamais brilhou, em misericórdia, em força e graça. Em misericórdia para reconduzir e receber amorosamente os pobres pecadores e desviados que se converterão e voltarão ao seio da Igreja católica; em força contra os inimigos de Deus, [...] que se revoltarão terrivelmente para seduzir e fazer cair, com promessas e ameaças, todos os que lhes forem contrários. Deve, enfim, resplandecer em graça, para animar e sustentar os valentes soldados e fiéis de Jesus Cristo que pugnarão por seus interesses.

Maria deve ser, enfim, terrível para o demônio e seus sequazes como um exército em linha de batalha, principalmente nesses últimos tempos, pois o demônio, sabendo bem que pouco tempo lhe resta para perder as almas, redobra cada dia seus esforços e ataques. Suscitará, em breve, perseguições cruéis e terríveis emboscadas aos servidores fiéis e aos verdadeiros filhos de Maria, que mais trabalho lhe dão para vencer.

É principalmente a estas últimas e cruéis perseguições do demônio, que se multiplicarão todos os dias até ao reino do Anticristo, que se refere aquela primeira e célebre predição e maldição que Deus lançou contra a serpente no paraíso terrestre. Vem a propósito explicá-la aqui, para glória da Santíssima Virgem, salvação de seus filhos e confusão do demônio.

“Inimicitias ponan inter te et mulierem, et semen tuum et semen illius; ipsa conteret caput tuum, et tu insidiaberis calcaneo eius” (Gn 3, 15): Porei inimizades entre ti e a mulher, e entre a tua posteridade e a posteridade dela. Ela te pisará a cabeça, e tu armarás traições ao seu calcanhar.Uma única inimizade Deus promoveu e estabeleceu, inimizade irreconciliável, que não só há de durar, mas aumentar até ao fim: a inimizade entre Maria, sua digna Mãe, e o demônio; entre os filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e sequazes de Lúcifer; de modo que Maria é a mais terrível inimiga que Deus armou contra o demônio.



Deus não pôs somente inimizade, mas inimizades, e não somente entre Maria e o demônio, mas também entre a posteridade da Santíssima Virgem e a posteridade do demônio. Quer dizer, Deus estabeleceu inimizades, antipatias e ódios secretos entre os verdadeiros filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e escravos do demônio. Não há entre eles a menor sombra de amor, nem correspondência íntima existe entre uns e outros. Os filhos de Belial, os escravos de Satã, os amigos do mundo (pois é a mesma coisa) sempre perseguiram até hoje e perseguirão no futuro aqueles que pertencem à Santíssima Virgem, como outrora Caim perseguiu seu irmão Abel, e Esaú, seu irmão Jacob, figurando os réprobos e os predestinados. Mas a humilde Maria será sempre vitoriosa na luta contra esse orgulhoso, e tão grande será a vitória final que ela chegará ao ponto de esmagar-lhe a cabeça, sede de todo o orgulho. Ela descobrirá sempre sua malícia de serpente, desvendará suas tramas infernais, desfará seus conselhos diabólicos, e até ao fim dos tempos garantirá seus fiéis servidores contra as garras de tão cruel inimigo.

Mas o poder de Maria sobre todos os demônios há de patentear-se com mais intensidade, nos últimos tempos, quando Satanás começar a armar insídias ao seu calcanhar, isto é, aos seus humildes servos, aos seus pobres filhos, os quais ela suscitará para combater o príncipe das trevas. Eles serão pequenos e pobres aos olhos do mundo, e rebaixados diante de todos como o calcanhar em comparação com os outros membros do corpo. Mas, em troca, eles serão ricos em graças de Deus, graças que Maria lhes distribuirá abundantemente. Serão grandes e notáveis em santidade diante de Deus, superiores a toda criatura, por seu zelo ativo, e tão fortemente amparados pelo poder divino, que, com a humildade de seu calcanhar e em união com Maria, esmagarão a cabeça do demônio e promoverão o triunfo de Jesus Cristo.
Mas quem serão esses servidores, esses escravos e filhos de Maria?Serão ministros do Senhor ardendo em chamas abrasadoras, que lançarão por toda a parte o fogo do divino amor.Serão “sicut sagittae in manu potentis” (Sl 126, 4) – flechas agudas nas mãos de Maria toda-poderosa, pronta a traspassar seus inimigos.Serão filhos de Levi, bem purificados no fogo das grandes tribulações, e bem colados a Deus (tradução enérgica da palavra de São Paulo (1Cor 6, 17): “Qui adhaeret Domino”), que levarão o ouro do amor no coração, o incenso da oração no espírito, e a mirra da mortificação no corpo e que serão em toda parte para os pobres e os pequenos o bom odor de Jesus Cristo, e para os grandes, os ricos e os orgulhosos do mundo, um odor repugnante de morte.Serão nuvens trovejantes esvoaçando pelo ar ao menor sopro do Espírito Santo, que, sem apegar-se a coisa alguma nem admirar-se de nada, nem preocupar-se, derramarão a chuva da palavra de Deus e da vida eterna. Trovejarão contra o pecado, e lançarão brados contra o mundo, fustigarão o demônio e seus asseclas, e, para a vida ou para a morte, traspassarão lado a lado, com a espada de dois gumes da palavra de Deus (Cf. Ef 6, 17), todos aqueles a quem forem enviados da parte do Altíssimo.Serão verdadeiros apóstolos dos últimos tempos, e o Senhor das virtudes lhes dará a palavra e a força para fazer maravilhas e alcançar vitórias gloriosas sobre seus inimigos; dormirão sem ouro nem prata, e, o que é melhor, sem preocupações no meio dos outros padres, eclesiásticos e clérigos, “inter medios cleros” (Sl 67, 14) e, no entanto, possuirão as asas prateadas da pomba, para voar, com a pura intenção da glória de Deus e da salvação das almas, aonde os chamar o Espírito Santo, deixando após si, nos lugares em que pregarem, o ouro da caridade que é o cumprimento da lei (Rom 13, 10).Sabemos, enfim, que serão verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, andando nas pegadas da pobreza e humildade, do desprezo do mundo e caridade, ensinado o caminho estreito de Deus na pura verdade, conforme o santo Evangelho, e não pelas máximas do mundo, sem se preocupar nem fazer acepção de pessoa alguma, sem poupar, escutar ou temer nenhum mortal, por poderoso que seja.
Postagem cedida gentilmente pelo Blog Almas Castelos

quarta-feira, 2 de junho de 2010

São Paulo e o Mago

Havia então na Igreja de Antioquia profetas e doutores, entre eles Barnabé, Simão, apelidado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, companheiro de infância do tetrarca Herodes, e Saulo.
Enquanto celebravam o culto do Senhor, depois de terem jejuado, disse-lhes o Espírito Santo:

- Separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho destinado.

Então, jejuando e orando, impuseram-lhes as mãos e os despediram.
Enviados assim pelo Espírito Santo, foram a Selêucia e dali navegaram para a ilha de Chipre.
Chegados a Salamina, pregavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Tinham com eles João para auxiliá-los.
Percorreram toda a ilha até Pafos e acharam um judeu chamado Barjesus, mago e falso profeta, que vivia na companhia do procônsul Sérgio Paulo, homem sensato. Este chamou Barnabé e Saulo, e exprimiu-lhes o desejo de ouvir a palavra de Deus.
Mas Élimas, o Mago - pois assim é interpretado o seu nome -, se lhes opunha, procurando desviar da fé o procônsul.

Então Saulo, chamado também Paulo, cheio do Espírito Santo, cravou nele os olhos e disse-lhe:
- Filho do demônio, cheio de todo engano e de toda astúcia, inimigo de toda justiça, não cessas de perverter os caminhos retos do Senhor! Eis que agora está sobre ti a mão do Senhor e ficarás cego. Não verás o sol até nova ordem!
Caíram logo sobre ele a escuridão e as trevas, e, andando à roda, buscava quem lhe desse a mão. À vista deste prodígio, o procônsul abraçou a fé, admirando vivamente a doutrina do Senhor.(Atos dos Apóstolos, 13, 1-12)

Conjuração contra São Paulo

Paulo, fitando os olhos nos membros do conselho, disse: Irmãos, eu tenho procedido diante de Deus com toda a boa consciência ate o dia de hoje...
Mas Ananias, sumo sacerdote, mandou aos que estavam ao seu lado que lhe batessem na boca.
Então Paulo lhe disse: Deus te ferirá também a ti, hipócrita! Tu estás aí assentado para julgar-me segundo a lei, e contra a lei mandas que eu seja ferido?
Os assistentes disseram: Tu injurias o sumo sacerdote de Deus.
Respondeu Paulo: Não sabia, irmãos, que é o sumo sacerdote. Pois está escrito: Não falarás mal do príncipe do teu povo (Ex 22,28).
Paulo sabia que uma parte do Sinédrio era de saduceus e a outra de fariseus e disse em alta voz.: Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus. Por causa da minha esperança na ressurreição dos mortos é que sou julgado.
Ao dizer ele estas palavras, houve uma discussão entre os fariseus e os saduceus, e dividiu-se a assembléia.
(Pois os saduceus afirmam não haver ressurreição, nem anjos, nem espíritos, mas os fariseus admitem uma e outra coisa.)
Originou-se, então, grande vozearia. Levantaram-se alguns escribas dos fariseus e contestaram ruidosamente: Não achamos mal algum neste homem. (Quem sabe) se não lhe falou algum espírito ou um anjo...
A discussão fazia-se sempre mais violenta. O tribuno temeu que Paulo fosse despedaçado por eles e mandou aos soldados que descessem, o tirassem do meio deles e o levassem para a cidadela.
A discussão fazia-se sempre mais violenta. O tribuno temeu que Paulo fosse despedaçado por eles e mandou aos soldados que descessem, o tirassem do meio deles e o levassem para a cidadela.
Na noite seguinte, apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: Coragem! Deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa também que o dês em Roma.
Quando amanheceu, coligaram-se alguns judeus e juraram com imprecações não comer nem beber nada, enquanto não matassem Paulo.
Eram mais de quarenta as pessoas que fizeram essa conjuração.
Foram apresentar-se aos sumos sacerdotes e aos cidadãos, dizendo: Juramos solenemente nada comer enquanto não matarmos Paulo.
Vós, pois, ide com o conselho requerer do tribuno que o conduza à vossa presença, como se houvésseis de investigar com mais precisão a sua causa; e nós estamos prontos para matá-lo durante o trajeto.
Mas um filho da irmã de Paulo, inteirado da cilada, dirigiu-se à cidadela e o comunicou a Paulo.
(Atos dos Apóstolos, 23, 1-16)