sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um Ano Novo com grandes combates e grandes vitórias


Nesta noite do mundo, onde o mal parece dominar toda a terra, onde nossos corações ficam apreensivos pelos nossos familiares mais distantes e amigos, rezo por todos: familiares, amigos, conhecidos e por todos. Que o sol de 2011 brilhe por toda a terra e que Nossa Senhora brilhe em todos os corações. Desejo a todos um Feliz Ano Novo com muita santidade, muito combate e muitas grandes vitórias, e entre essas vitórias que a maior seja o Triunfo do Imaculado Coração de Maria. Que Ela reine em todos os corações. Que Ela abençoe a todos. "Por fim meu Imaculado Coração Triunfará." (Nossa Senhora, em Fátima).

Angelo Miguel

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Justiça Divina: Deus pune não só as pessoas, mas também as Nações


Desde sua criação o homem vem se rebelando constantemente contra as ordens, os preceitos e os mandamentos divinos.
Nossos primeiros pais desobedeceram à ordem de Deus e comeram do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, cometendo assim o Pecado Original, pelo qual foram severamente punidos com a perda dos dons sobrenaturais e preternaturais e o exílio neste vale de lágrimas (cfr. Gn 3).

Daí por diante, com o assassinato de Abel por Caim, uma grande parte da humanidade - talvez a maior parte dela - efetive sempre caminhando nas vias do mal, da perdição, da desobediência e da resulta contra Deus.

Tendo em vista esse comportamento do homem, fruto do pecado original e do mau uso do livre arbítrio, Deus passou a usar de sua justiça infinitamente santa para punir o pecador com penas temporais nesta Terra ou, nos casos de impenitência final, com a condenação às penas eternas do inferno.

Mas Deus não se limita a castigar individualmente os homens por sua prevaricação. Quando esta se toma de tal maneira generalizada, a ponto de ser praticada pela maioria maciça da humanidade - ou mesmo de um povo ou dos habitantes de certa região ou país - com requintes de malícia e de impenitência, o Criador pune tais pecadores com grandes castigos coletivos. Ou então ameaça puni-los, caso não se convertam.

Na Sagrada Escritura são incontáveis as ocasiões em que Deus manifesta sua intenção de punir o povo por seus maus costumes e/ou pelas falsas doutrinas que abraçaram.

Eis alguns exemplos, entre muitos, da palavra de Deus enquanto exprimindo sua cólera, ao anunciar os castigos com que puniu e ainda punirá a humanidade pecadora:

O dilúvio:

"Deus viu que a maldade do homem era grande sobre a terra, e que era continuamente mau todo desígnio de seu coração. Deus arrependeu-se de. ter feito o homem sobre a terra, e, tocado de íntima dor de coração, disse: exterminarei da face da terra o homem que criei - e com os homens os animais, os répteis e as aves do céu -, porque me arrependo de os ter feito" (Gn 6, 5-7).

Torre de Babel:

"E assim o Senhor os dispersou daquele lugar por todos os países da terra, e cessaram de edificar a cidade. E, por isso, lhe foi posto o nome de BabeI, porque aí foi confundida a linguagem de toda a terra, e daí os espalhou o Senhor por todas as regiões" (Gn 11,8-9).

Sodoma e Gomorra:

"Disse pois o Senhor: O clamor de Sodoma e de Gomorra aumentou, e o seu pecado agravou-se extraordinariamente. Descerei e verei se suas obras correspondem ao clamor que chegou até mim, então ficarei sabendo" (Gn 18, 20-21).
"Fez, pois, o Senhor chover sobre Sodoma e Gomorra enxofre e fogo do céu; e destruiu estas cidades, e todo o país em roda, todos os habitantes das cidades, e toda a vegetação do solo" (Gn 19, 24-25).

O povo judeu:

"E o Senhor falou a Moisés, dizendo: Vai, desce; o teu povo, que tiraste da terra do Egito, perverteu-se .... Vejo que este povo é de cerviz dura; deixa-me, a fim de que a minha ira se acenda contra eles e os consuma" (Ex 32, 7, 9-10).
"Sucedeu, pois, que tendo os filhos de Israel pecado contra o Senhor seu Deus .... prestaram culto aos ídolos. Praticaram adivinhação e a feitiçaria .... E o Senhor' irritou-se sobremaneira contra Israel e arrojou-o para longe de sua face .... Por isso o Senhor rejeitou toda a raça de Israel, humilhou-a e a entregou aos saqueadores, e enfim baniu-a para longe de sua face" (4 Reis 17,7-20).

Apostasia e idolatria:

".... E acontecerá, naquele tempo, que Eu esquadrinharei Jerusalém com lanternas e castigarei os homens que, mergulhados em suas fezes, dizem em seu coração: O Senhor não pode fazer nem o bem nem o mal. Sua riqueza será saqueada, suas casas devastadas; eles edificarão casas mas não as habitarão, plantarão vinhas e não beberão de seu vinho.
"O dia grande do Senhor está próximo .... Esse dia será um dia de ira, um dia de tribulação e angústia, um dia de devastação e de destruição, dia de trevas e escuridão, um dia de nuvens, um dia da trombeta e do grito de guerra contra as cidades fortificadas e contra as torres elevadas. Afligirei os homens e eles caminharão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o seu sangue será derramado como o pó, e suas entranhas como o esterco (Sofonias I, 12-18).

Sobre os castigos do fim dos tempos:

"Jesus respondeu: Atenção para que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e seduzirão a muitos. Porque ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras. Olhai, não vos alarmeis; porque importa que estas coisas aconteçam, mas não é ainda o fim. Pois se levantará nação contra nação e reino contra reino, e haverá pestilências, e fomes e terremotos em todos os lugares. E tudo isso será o princípio das dores" (Mt 24, 4-8).

Trechos da Revista Catolicismo número 537

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pelágio e a confissão


Conhecí uma pessoa que tinha um orgulho muito forte. Queria ser a atenção principal de todos. Onde estivesse queria ser sempre o primeiro. O orgulho lhe falava sempre mais alto.

Foi assim que lembrei desta história de "Pelágio e a confissão":

Conta-se na crônica de São Bento dum eremita, chamado Pelágio, que posto por seus pais a guardar os rebanhos, levava uma vida exemplar, de modo que todos lhe davam o nome de santo; e assim viveu por muitos anos.

Mortos seus pais, vendeu aquelas poucas coisas que ainda lhe ficavam e se fez eremita.

Uma vez, por desgraça, consentiu num pensamento de impureza. Caído no pecado, viu-se abismado numa melancolia profunda; porque o infeliz não queria confessa-lo, para não perder o conceito de santidade.

Durante esta obstinação passou um peregrino que lhe disse: Pelágio, confessa-te, porque Deus te perdoará e recobrarás a paz que perdeste; e desapareceu. Depois disso resolveu-se Pelágio a fazer penitência de seu pecado, mas sem confessar-se, imaginando que Deus lho perdoaria sem a confissão.

Entrou num mosteiro, onde foi imediatamente bem recebido por sua boa fama, e nele começou a
fazer uma vida áspera, mortificando-se com jejuns e penitências. Chegou finalmente a morte, e confessou-se por derradeira vez; mas assim como por pejo deixara em vida de confessar seu
pecado, assim o deixou também na morte. Recebeu o Viático, morreu e foi sepultado no mesmo conceito de santo.

Na noite seguinte, o sacristão achou o corpo de Pelágio sobre o sepulcro; enterrou-o outra vez; mas, tanto na segunda como na terceira noite, achou-o sempre insepulto, de maneira que deu aviso ao abade, o qual, indo junto com os outros monges, disse:

Pelágio, tu foste obediente em vida, obedece também depois da morte: dize-me da parte de Deus se é talvez vontade divina que se coloque teu corpo nalgum lugar reservado?

E o morto, dando um uivo espantoso, respondeu:

Ai de mim! que estou condenado para sempre por uma culpa que deixei de confessar. Olha, abade, meu corpo!

E no mesmo instante apareceu seu corpo como um ferro ardente, que lançava horríveis faíscas
de fogo. Ao ponto que se puseram todos em fuga; mas Pelágio chamou ao abade, para que tirasse da boca a partícula consagrada, que ainda tinha. Feito isto, disse Pelágio que o tirassem da igreja e o lançassem para um monturo, e assim se fez.

Livro: “Caminho Reto” de Santo Antonio Maria Claret – Editora Ave Maria.

A pintura acima é de Silva Porto: "Guardando o Rebanho"

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Combate com Arquidemônios


Estava lendo o impressionante livro: Escritos Autobiográficos y espirituales, Biblioteca de Autores Cristianos, Madri, 1959. Consta nesse livro algumas profecias feitas por Santo Antonio Maria Claret.

Assim como no céu há uma hierarquia angélica, há no inferno também uma hierarquia diabólica. O diabos menos importantes cumprem missão de pouca importancia, mas para grandes missões são designados demônios de "alta estirpe".

Para castigo dos homens, Deus permitirá que saiam do inferno quatro arquidemônios. Esses arquidemônios trabalharão para destruir as famílias e espalhar um espantoso amor aos prazeres.

Prestem atenção: são apenas quatro, mas quatro arquidemônios.

Ouçamos as profecias de Santo Antonio Maria Claret:

"No dia 23 de setembro [de 1859], às sete e meia da manhã, disse-me o Senhor: Voarás pela Terra, ou andarás com grande velocidade e pregarás os grandes castigos que se aproximam. O Senhor me deu a conhecer grandes coisas sobre aquelas palavras do Apocalipse, 8,13: Et vidi et audivi vocem unius aquilae [E olhei, e ouvi a voz duma águia], que voava pelo céu e dizia com grande e alta voz: Ai! ai! ai! dos habitantes da Terra por causa dos três grandes castigos que virão. Estes castigos são:

"1º O protestantismo, comunismo...

"2º Os quatro arquidemônios que promoverão de modo espantoso o amor aos prazeres -- o amor ao dinheiro -- a independência da razão -- a independência da vontade.

"3º As grandes guerras e suas conseqüências".....

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O Combate ganha o Selo Prêmio Sunshine Award

Este selo representa uma rede infinita de indicação dos melhores blogs da internet no Brasil. Significa que a Sunshine Award está reconhecendo o ótimo trabalho realizado em seu blog!

O selo e o prêmio servem de reconhecimento e iniciativa aos trabalhos dos blogueiros de todo Brasil, criando uma rede de indicações e blogs.


Ganhei meu selo do meu caro irmão Jorge, do blog http://almascastelos.blogspot.com Obrigado, pela honraria e pela sua indicação. Desejo que Nossa Senhora o continue abençoando pelo seu excelente trabalho apostólico.

Quem recebe o selo deve seguir algumas regrinhas:

1 - Criar um artigo sobre o prêmio.

2 - criar um link do blog que o indicou.

3 - Indicar 12 blogs para o Sunshine Awards (não tem problema indicar para alguém que já recebeu)

4 - Informar aos indicados sobre o prêmio.


É muito dificil indicar apenas doze Blogs para o prêmio, eis que todos os blogs amigos são muito bons. Mas não pode ser mais do que doze, então indico os seguintes blogs para receber o selo:

CONTRA REVOLUÇÃO http://contrarevolucionariobr.blogspot.com

CONFRARIA DE SÃO JOÃO BATISTA http://confrariadesaojoaobatista.blogspot.com

DIÁRIO DA PEREGRINAÇÃO http://diariodaperegrinacao.blogspot.com
CAPELANIA HOSPITALAR SÃO CAMILO http://capelaniasaocamilo.blogspot.com

A GRANDE GUERRA http://a-grande-guerra.blogspot.com

sábado, 23 de outubro de 2010

Sede fortes na confiança em Deus

O católico deve ser como um navio heróico que enfrenta os mares, depositando toda sua confiança em Deus, ou como uma Torre altiva e forte, pronta para resistir a tudo, apesar as ondas do mundo moderno.


terça-feira, 19 de outubro de 2010

O mundo pertence a Cristo Rei




Ó Cristo Jesus, eu Vos reconheço como Rei do Universo, sois o autor de toda a criação; exercei sobre mim todos os vossos direitos.
Renovo as minhas promessas do batismo, renunciando a Satanás, suas pompas e suas obras; e de modo especial comprometo-me a lançar mão de todos os meios ao meu alcance para fazer triunfar os direitos de Deus e de vossa Igreja.
Ó Sagrado Coração de Jesus, eu Vos ofereço minhas pobres ações para que os homens reconheçam a vossa Realeza Sagrada e o Reino de vossa paz se estabeleça por todo o universo. Amém










Ó minha Senhora, ó minha Mãe, eu me ofereço todo a Vós, e em prova de minha devoção para convosco, eu vos consagro neste dia meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração, e inteiramente todo o meu ser. E como assim sou vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e, defendei-me como coisa e propriedade vossa. Amém















VIVA CRISTO REI !!!! VIVA NOSSA SENHORA RAINHA !!!!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Voce tem coragem?



Uma das orações que mais me impressionou em minha vida foi a ladainha da humildade, composta pelo Cardeal Merry del Val, então Secretário de Estado do papa São Pio X. Para rezá-la é preciso ter coragem.

Um dos grandes males do nosso século é orgulho. Nada melhor do que a ladaínha da humildade para combater nosso terrivel orgulho.

Nada mais triste do que um homem orgulhoso. Nada mais louvável do que um homem humilde.

O orgulho nos afasta das pessoas e de Deus, a humildade nos aproxima de Deus e do nosso próximo.

Abaixo transcevo a Ladaínha da Humildade, um grande combate contra nosso próprio orgulho:



Ó Jesus, manso e humilde de coração, ouvi-me.

Do desejo de ser estimado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser amado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser conhecido, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser honrado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser louvado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser preferido, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser consultado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser aprovado, livrai-me, ó Jesus.

Do receio de ser humilhado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser desprezado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de sofrer repulsas, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser caluniado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser esquecido, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser ridicularizado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser infamado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser objeto de suspeita, livrai-me, ó Jesus.

Que os outros sejam amados mais do que eu, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros sejam estimados mais do que eu, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam elevar-se na opinião do mundo, e que eu possa ser diminuído, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser escolhidos e eu posto de lado, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser louvados e eu desprezado, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser preferidos a mim em todas as coisas, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser mais santos do que eu, embora me torne o mais santo quanto me for possível, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.


Oração extraída da Frente Universitária Lepanto
http://www.lepanto.com.br/dados/OrLadH.html

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O Combate continua


O Combate continua. Novos Deputados e Novos Senadores. Novo Congresso Nacional, mas nossa luta não é nova, é a mesma.

NÃO AO PNDH-3 !!!!!!!!!

Uma homenagem ao Instituto Plínio Corrêa de Oliveira por sua luta em Pról da Civiliação Cristã. Parabéns.

ENVIEMOS OS CARTÕES AMARELOS PARA OS NOVOS DEPUTADOS E SENADORES ELEITOS.

CLIQUE ABAIXO E ENVIE O SEU, EU JÁ ENVIEI O MEU

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ductia

Para quem gosta de música medieval, Ductia é o nome de um tipo de dança desse período.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Qual é o Grande Combate?

Como se vê este blog é dedicado aos grandes combates da história da Igreja. No entanto é preciso considerar que O MAIOR COMBATE É AQUELE QUE O HOMEM TRAVA CONSIGO MESMO. Lutar contra o pecado, caminhar pelas veredas da virtude, NÃO É COISA FÁCIL. Esse é o verdadeiro Combate. Quem vencer a si mesmo conseguirá o prêmio do Céu e verá Deus Face-a-Face.

Na Universidade de Direito, estudando sobre Medicina Legal, acabei encontrando na Biblioteca o livro “Preparação para a Morte” de Santo Afonso de Ligório. A leitura do livro me causou muito interesse, pois eu estava fazendo um trabalho sobre tanatologia (estágios de decomposição do cadáver). O livro sacode a alma mais tíbia e despreocupada.

Pulvis es et in pulverem reverteris.
És pó e em pó te hás de tornar (Gn 3,19)


Nada melhor para fazer bem a alma do que lembrar os novíssimos do homem. Lê-se muito nos livros de piedade que as pessoas que vão para o inferno sentem sofrimentos segundo os seus pecados. Ferros em brasa atravessando a língua do blasfemador e do mentiroso, animais que mordem continuamente as partes do corpo que serviram para o pecado, sapos que grudam nos olhos dos que tiveram maus olhares, etc.

Tudo isso é terrível. Como seria isso na realidade? Como seria o inferno? Nada melhor do que a Tanatologia para meditar no Inferno, nada melhor do que ler Santo Afonso de Ligório.

Considera que és pó e que em pó te hás de converter. Virá o dia em que será preciso morrer e apodrecer num fosso, onde ficarás coberto de vermes. A todos, nobres e plebeus, príncipes ou vassalos, estará reservada a mesma sorte. Logo que a alma, com o último suspiro, sair do corpo, passará à eternidade, e o corpo se reduzirá a pó.
Imagina que estás em presença de uma pessoa que acaba de expirar. Contempla aquele cadáver, estendido ainda em seu leito mortuário: a cabeça inclinada sobre o peito; o cabelo em desalinho e banhado ainda em suores da morte, os olhos encovados, as faces descarnadas, o rosto acinzentado, os lábios e a língua cor de chumbo; hirto e pesado o corpo. Treme e empalidece quem o vê. Quantas pessoas, à vista de um parente ou amigo morto, mudaram de vida e abandonaram o mundo.
É ainda mais horrível o aspecto do cadáver quando começa a corromper-se. Nem um dia se passou após o falecimento daquele jovem, e já se percebe o mau cheiro. É preciso abrir as janelas e queimar incenso; é mister que prontamente levem o defunto à igreja, ou ao cemitério, e o entreguem à terra para que não infeccione toda a casa. Mesmo que aquele corpo tenha pertencido a um nobre ou potentado, não servirá senão para que exale ainda fetidez mais insuportável, — disse um autor.
Vês o estado a que chegou aquele soberbo, aquele dissoluto! Ainda há pouco, via-se acolhido e cortejado pela sociedade; agora tornou-se o horror e o espanto de quem o contempla. Os parentes apressam-se a afastá-lo de casa e pagam aos coveiros para que o encerrem em um esquife e lhe dêem sepultura. Há bem poucos instantes ainda se apregoava a fama, o talento, a finura, a polidez e a graça desse homem; mas apenas está morto, nem sua lembrança se conserva. (Santo Afonso de Ligório – “Preparação para a morte”)


Voltemos para a ciência, para os estudos, para a Tanatologia... e meditemos:

O corpo morto enrijece aos poucos. Todos os amigos e parentes choram e rezam ao redor do finado que está bem ajeitado na urna funerária e rodeado de flores. Fecha-se o caixão. Tudo terminou – diriam.
Errado. Aí é que tudo começa.

Depois de 24 horas, o corpo que estava totalmente rígido, começa a amolecer novamente na mesma ordem que enrijeceu. As unhas e o cabelo ainda crescem. As células nervosas do cérebro ainda lampejam alguma fagulha, de vez em quando. Imagine se, para nosso próprio castigo, Deus permitisse que a alma sentisse o próprio corpo sendo corrompido. Ou seria pior se nosso corpo pudesse na imobilidade e no silêncio, sentir a própria corrupção? Você consegue imaginar isso? Vamos adiante então. Imaginemos que Deus permitisse isso.
Quem é que nunca esperou 15 minutos ou meia hora e achou que estava esperando muito? Um dia, uma semana, um ano, fechado na sua tumba é como uma eternidade... sem fim...

Quem é que nunca sentiu, ao adormecer, uma mosca pousando na ponta do nariz. A reação é imediata: abana-se a mão para espanta-la.
No caixão, você não pode se mexer. Não pode gritar. Mas milhares de insetos e vermes se arrastando sobre você, entrando e saindo por todos os orifícios do seu corpo, e você não pode fazer absolutamente nada, mas tudo sente... Imaginemos isso... E isso com a sensação de ficar lá por toda a eternidade, pois o tempo não passa, o tormento parece eterno. Vermes de todos os tipos e tamanhos... os mais asquerosos.

Alguém já sentiu frio e não tinha agasalho?

No caixão o frio é mortal. Na hora da morte o frio vem de dentro para fora. E você, não pode nem se arrepiar, não pode se abraçar e nem se encolher...

Gosta de perfumes? Detesta mal cheiro?
O pior odor que existe neste mundo é o do cadáver em decomposição. Esse odor CHAMA-SE CADAVERINA. É tão forte, tão insuportável, que cientistas já pensaram até em utiliza-lo como elemento de bomba química. Não há odor pior que se tenha conhecimento. Você não pode respirar, mas no entanto sente na escuridão o fim de toda a vaidade.

Depois de destruídos nossas entranhas, não há mais orifícios para expelir os gases da putrefação. Os vermes transformaram nosso interior numa pasta podre. Essa massa continua formando gás... o gás da putrefação. O corpo incha e se deforma. Por onde então serão expelidos esses gases? Como um castigo para os que tiveram maus olhares, as pálpebras se abrem e os olhos ficam esbugalhados, opacos, mas como que Deus obrigasse a você ver o horror de seus próprios pecados, e você não pode fechar seus olhos. Então a língua começa a ser expelida até quanto pode ser. E nesse aspecto horrível os insetos e vermes que mordem sua língua lembram o quanto você pecou pelas palavras proferidas. O abdômen incha, criam-se pústulas... e explodem, o corpo se abre e derrama o líquido fedorento... Os olhos que ainda não foram devorados, mas estão opacos, de forma confusa tudo vêem.

Já imaginou sentir tudo isso?
E pense que isso não é nem o começo do inferno...
“Descanse em paz”

Recebido por e-mail no ano de 2009.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Deus nos ajudará no Grande Combate?

Os filhos da luz serão perseguidos pelos filhos das trevas. Mas a que ponto chegará tal perseguição? Deus nos ajudará nesse Grande Combate, como fez outrora?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sacralização da Cavalaria

“Santo Inácio de Loyola desejou fundar uma cavalaria que se opusesse à degradação da Cavalaria, como esta se encontrava em sua época no século XVI. Ele desejou a restauração da idéia de luta pelo Rei Sagrado contra o herege, seu adversário. Era a volta da sacralização da Cavalaria. Essa foi a idéia de Santo Inácio: uma arqui-sublimação da Cavalaria. Por isso ele concebeu sua ordem religiosa em termos militares. Ou seja, uma Companhia (que naquele tempo queria dizer exército), um exército de Jesus, no qual o chefe era um general — o Geral, que manda em tudo e opera como um general, com uma hierarquia militar e com uma obediência militar. O estilo de ação de seu apostolado era militante, combativo e guerreiro. Daí vermos que a Companhia de Jesus foi muito guerreira e muito guerreada, e viveu como uma verdadeira Ordem de Cavalaria”.

Excertos de Plínio Correa de Oliveira - Revista Catolicismo numero 715 - Junho de 2010

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Andreas Hofer, lider contra-revolucionário do Tirol

Apesar de alguns senões em sua vida, o chefe tirolês tornou-se símbolo da resistência católica contra as forças revolucionárias de seu tempo e de fiel servidor da Casa d'Áustria.
José Maria dos Santos


O Tirol, essa pitoresca província austríaca no centro da cadeia dos Alpes, no início do século XIX limitava-se a oeste com a Suíça e o Vorarlberg austríaco; ao norte, com a Baviera; e ao sul, com a Itália. Região montanhosa — dezenas de seus picos se elevam a mais de três mil metros de altitude — suas comunicações se faziam pelos vales, principalmente os dos rios Inn e Adige. Constituía uma província do Sacro Império Romano Alemão.(1)
Por sua altitude, a neve cobria o Tirol durante seis meses. Sendo suas vilas distantes umas das outras, era normal que os entroncamentos das estradas fossem salpicados de albergues, não só onde os viajantes pudessem passar a noite, mas que servissem também de ponto de encontro para o povinho em busca
de notícias.
Foi num desses albergues, o de Sandhof, que nasceu Andreas Nikolaus Hofer à meia-noite do dia 22 de novembro de 1767. Seu pai, Josef Hofer, atingira já os quarenta e três anos, e sua mãe, Maria Hofer, tinha pouco menos e já havia dado à luz três meninas. Ela morreria apenas três anos depois. Josef contrairá segundas núpcias, mas morrerá em 1774, deixando Andreas, com apenas sete anos de idade, duplamente órfão.
O menino foi criado pela irmã mais velha e o cunhado, que tomaram a direção do albergue que desde o século XVII pertencia à família. Formado no cadinho das tribulações, Andreas habituou-se a resolver por si só seus problemas, o que lhe deu uma precoce maturidade.Nessa região extremamente religiosa, Andreas aprendeu em casa e na igreja os fundamentos da Religião católica; uma fé viva e profunda piedade marcarão seu futuro. Na escola comunal, instituída pela imperatriz Maria Teresa anos antes, ele aprendeu a ler, escrever e contar.

Apenas entrado na adolescência, Andreas deixou o lar para ir ao extremo sul do Tirol trabalhar com alberguistas e comerciantes de vinho. Nessa área italiana da província, aprendeu com facilidade a língua local, falando-a fluentemente.
Aos 20 anos de idade, voltou para Sandhof e tomou a direção do albergue familiar; a irmã e cunhado instalaram-se em outra província.
O jovem e esforçado alberguista, para liquidar as dívidas pendentes do estabelecimento, resolveu acrescentar a ele o comércio de vinho, licores e cavalos.
No ano seguinte, em 21 de julho de 1789, com 21 anos de idade, Andreas contraiu matrimônio com Anna Ladurner. Nascerão dessa união seis meninas (das quais duas morrerão cedo) e um menino.Andréas era então, por sua maturidade e determinação, um homem feito. Seu porte era mediano, largo de espáduas, de uma força física admirável. Tinha o rosto arredondado, pequenos olhos castanhos e cabelos pretos. Mas o que destacava mais sua presença era uma abundante e prestigiosa barba negra, que mais tarde fará com que o chamem de “General Barbone”. Andréas era jovial, afável, sempre contente, e se comprazia em conversar. Em breve ele se tornou uma das figuras mais populares no sul do Tirol.

O Imperador José II, imbuído das idéias revolucionárias da época, sancionou várias leis de caráter igualitário e totalitário, as quais visavam nivelar as autoridades locais segundo um modelo administrativo uniforme, com funcionários diretamente ligados a Viena. Isso era muito mal-visto pelo conservador Tirol. Mas foram sobretudo suas medidas em relação à Igreja católica que mais violentamente repercutiram na região. O monarca dissolveu conventos das ordens contemplativas, instituiu um seminário único em Innsbruck, capital do Tirol, dotado de professores adeptos das idéias novas, e chegou a suspender as peregrinações e as procissões seculares, até decretar quantas velas se podiam acender nas igrejas, quais preces públicas estavam autorizadas e quantas badaladas podiam dar os sinos paroquiais durante o dia.
Os tiroleses eram profundamente católicos. Em toda parte erigiam oratórios e calvários. Passando diante deles, o viandante persignava-se. Se estava com tempo, ajoelhava-se e rezava o terço. Encontrando um conhecido, saudava-o com o tradicional “Grüs Gott” (Deus vos abençoe). Aos domingos toda a aldeia assistia devotamente, de joelhos, ao santo Sacrifício da Missa. E à tarde, participava das Vésperas ou de alguma procissão.
Isso explica a reação generalizada da província contra as reformas do Imperador José II: “O Tirol entrou em resistência aberta. As práticas piedosas proibidas foram mantidas, a despeito da lei. Os editos imperiais afixados nos povoados foram arrancados. No púlpito os padres tronavam contra o Imperador, invocando a cólera do Céu sobre ele”.(2) Não é pois de se admirar que também, quando as tropas revolucionárias francesas invadiram a Áustria, os tiroleses considerassem Napoleão como o Anticristo, por ter prendido o Papa.

Em agosto de 1805, na guerra da coalizão contra a França, o Arquiduque João, de 23 anos, foi nomeado comandante-em-chefe das forças imperiais na região dos Alpes. A estima entre o príncipe e o povo tirolês foi recíproca, e deveria durar até mesmo na derrota.
No início de novembro desse mesmo ano, massacrando uma guarnição tirolesa em Scharnitz, o general napoleônico Ney penetrou em Innsbruck. No fim desse mês, os franceses foram substituídos pelos bávaros. E no dia 26 de dezembro desse ano a Áustria assinava a paz. No acordo estabelecido nessa ocasião, o Tirol ficaria pertencendo à Baviera, se bem que “com os mesmos títulos, direitos e prerrogativas que ele possuía sob Sua Majestade, o Imperador da Áustria ou os príncipes de sua Casa, e não de outro modo”.
Apesar de serem vizinhos, de terem uma língua comum e a mesma Religião, tiroleses e bávaros não se estimavam. Imbuído dos princípios da Revolução Francesa e pertencendo à franco-maçonaria, o rei bávaro, Maximiliano José, aderira plenamente às idéias liberais.Mesmo tendo prometido salvaguardar integralmente o direito de propriedade e das pessoas, o monarca bávaro não era bem visto pelos tiroleses, que o julgavam um anticlerical, e sobretudo porque um vínculo muito profundo os ligava à Casa d’Áustria.

De 1806 a 1808 o governo bávaro, imbuído das idéias do livre-pensamento do século XVII, procurou aplicar no Tirol uma política religiosa que feria os sentimentos, os costumes e as aspirações da população. Foram proibidas a Missa do Galo, as cerimônias religiosas noturnas, a bênção do Santíssimo depois da Missa cantada; foram interditadas as rogações, as novenas, a Via Sacra, as procissões, as peregrinações, etc. De acordo com o pensamento unânime dos historiadores, essa foi a causa principal da insurreição de 1809.
Em uma reunião clandestina, no fim do ano de 1807, os tiroleses comprometeram-se a fazer tudo para salvar o catolicismo no Tirol. Entre os presentes estava Andreas Hofer.
O recrutamento de soldados para engrossar o exército bávaro também foi outra medida mal-recebida, tanto mais que tal medida visava o combate à antiga pátria, a Áustria. Os conscritos fugiam para as montanhas e não se apresentavam.Começou então a insurreição. De todas as vilas alpinas acorreram voluntários para lutar por Deus, pelo Imperador e pelo Tirol. Os tiroleses infligiram duas tremendas derrotas às tropas franco-bávaras, inclusive uma delas contra o famoso marechal de Napoleão, Lefèbvre. Andreas Hofer se fez notar como líder nato. Seu prestígio era imenso. Compreendendo suas limitações, nas batalhas deixou o comando tático para companheiros que julgava mais competentes. Seu papel era o de, com sua presença, dar segurança e confiança aos combatentes.
Depois dessas grandes vitórias, ele assina por vez primeira: “Andreas Hofer, comandante nomeado pela Casa d’Áustria”. Ele pede preces públicas de ação de graças. E, fiel ao voto que havia feito antes da batalha, promulgou um edito estipulando que a festa do Sagrado Coração de Jesus deveria ser erigida perpetuamente, em uma solenidade inscrita em vermelho no calendário tirolês.
Tendo as autoridades bávaras fugido, e não havendo outras nomeadas pelo Imperador da Áustria, os tiroleses escolheram Andreas Hofer como regente do Tirol. Durante dois meses ele governou o Tirol de uma maneira singular. Formou seu conselho escolhendo os membros entre seus amigos. Todos levantavam-se às cinco horas da manhã e começavam o dia assistindo à Missa no palácio do governo. À noite, depois do jantar, recitavam de joelhos um Rosário completo.Entretanto, no dia 14 de outubro de 1809 a Áustria assinou outro tratado de paz com a França, que não alterou a situação do Tirol. Em outros termos, ele continuaria pertencendo à Baviera! Ao mesmo tempo, Napoleão confiou a Eugênio de Beauharnais a missão de submeter o Tirol. O general francês, auxiliado pelas tropas bávaras, infligiu derrotas sucessivas aos tiroleses. O filho adotivo de Napoleão conclamou os vencidos a entregar as armas e a reconhecer as autoridades bávaras como legítimas governantes do Tirol. Os tiroleses receberam ao mesmo tempo mensagem do Arquiduque João, comunicando o seguinte: “Eu devo fazer-vos saber que o desejo de Sua Majestade é que os tiroleses permaneçam tranqüilos, e não se sacrifiquem inutilmente”


A constatação desse abandono por parte do Imperador austríaco provocou em Andreas Hofer profunda depressão. E ele que era tão religioso, estranhamente, em vez de buscar conforto na Religião, procurou-o infelizmente na bebida, tornando-se um líder indeciso, à mercê de todas influências. Isso o levou a uma imprudente batalha contra os bávaros, na qual os tiroleses foram arrasados.
Andreas Hofer escondeu-se então nas montanhas. Uma soma de 1.500 florins foi oferecida a quem denunciasse seu esconderijo. Na longa solidão, Hofer se recompôs, rezou, meditou e ofereceu seus sofrimentos pela salvação de sua alma e pelas dos que morreram pelo Tirol.
Como sucede com freqüência na história humana, apareceu um Judas, pronto para entregá-lo. Franz Raffl visitara Hofer em seu esconderijo. Tinha participado também da insurreição. Mas a recompensa oferecida pela delação tentou-o e ele traiu. No dia 27 de janeiro, Andreas foi preso juntamente com a esposa e filho, que o haviam ido visitar, e um amigo, Sweth, que com ele se encontrava.Condenado à morte, confessou-se e recebeu a sagrada Comunhão na manhã de sua execução. E escreveu uma carta a seu amigo Vinzenz von Pühler, repleta de piedosos sentimentos e da crença no Purgatório e na vida eterna.
Em janeiro de 1823, cinco soldados de um regimento de caçadores que estava em Mântua levaram de volta para o Tirol os restos mortais de Andreas Hofer. O Imperador Francisco I determinou que fosse sepultado em Innsbruck, na igreja da corte. Ordenou também que um monumento lhe fosse dedicado, encimado com uma estátua do valoroso chefe contra-revolucionário.
Francisco I, enfim, fez algo pelo vassalo tão fiel desaparecido. Concedeu uma pensão à esposa e filhas de Andreas Hofer, e renovou o certificado de nobilitação de seu filho, assegurando sua educação.
Os tiroleses não se esqueceram do grande líder. Em cada lar havia uma estampa sua. E a tradição oral manteve viva sua memória. Sua figura encontra-se por toda parte: em soldadinhos de chumbo, em xícaras de café ou cinzeiros.
Uma estátua gigante do chefe tirolês foi inaugurada em Bergisel pelo Imperador austríaco Francisco José. Em Sandhof foi erigida uma capela ornada com afrescos interiores que narram sua vida.
Em 1919, pelo tratado de Saint Germain, as regiões do Trentino e do Alto-Adige passaram a pertencer à Itália. Entre outras medidas tomadas por Mussolini em 1923, figurava a proibição de se ter retratos de Andreas Hofer nessa antiga província do Tirol.
Hofer, devido à sua posição contra-revolucionária, tornou-se um símbolo do patriotismo austríaco contra os inimigos do norte e a anexação da Áustria à Alemanha, em 1938.Em 1945 o governo de Innsbruck renovou o voto ao Sagrado Coração de Jesus, feito por Hofer, e a constituição provincial adotada em 1960 começa com a “fidelidade a Deus” em primeiro lugar, como Andreas Hofer teria feito.

Notas:
1. Todas as referências deste artigo foram extraídas do livro de Jean Sévillia, Le Chouan du Tyrol, Perrin, Paris, 1991. 2. Op. cit. p. 60.

Fonte: Revista Catolicismo, Janeiro de 2006.

sábado, 21 de agosto de 2010

Selo do Blog O Combate no dia de São Pio X



Hoje, dia 21 de agosto de 2010, comemoramos o Papa São Pio X, que foi canonizado em 1954. Foi um grande Papa, combateu o modernismo. Em sua encíclica PASCENDI DOMINICI GREGIS (SOBRE AS DOUTRINAS MODERNISTAS), nos ensina:

[...] "Aludimos, Veneráveis Irmãos, a muitos membros do laicato católico e também, coisa ainda mais para lastimar, a não poucos do clero que, fingindo amor à Igreja e sem nenhum sólido conhecimento de filosofia e teologia, mas, embebidos antes das teorias envenenadas dos inimigos da Igreja, blasonam, postergando todo o comedimento, de reformadores da mesma Igreja; e cerrando ousadamente fileiras se atiram sobre tudo o que há de mais santo na obra de Cristo, sem pouparem sequer a mesma pessoa do divino Redentor que, com audácia sacrílega, rebaixam à craveira de um puro e simples homem.
Pasmem, embora homens de tal casta, que Nós os ponhamos no número dos inimigos da Igreja; não poderá porém, pasmar com razão quem quer que, postas de lado as intenções de que só Deus é juiz, se aplique a examinar as doutrinas e o modo de falar e de agir de que lançam eles mão. Não se afastará, portanto, da verdade quem os tiver como os mais perigosos inimigos da Igreja. Estes, em verdade, como dissemos, não já fora, mas dentro da Igreja, tramam seus perniciosos conselhos; e por isto, é por assim dizer nas próprias veias e entranhas dela que se acha o perigo, tanto mais ruinoso quanto mais intimamente eles a conhecem. Além de que, não sobre as ramagens e os brotos, mas sobre as mesmas raízes que são a Fé e suas fibras mais vitais, é que meneiam eles o machado." [...]

Neste dia tão especial onde se comemora São Pio X, lançei o selo do Blog O Combate, conforme figura acima, e conforme consta no corpo do Blog.

São Pio X, rogai por nós, que combatemos o bom combate.

sábado, 14 de agosto de 2010

Apelo ardente do Bispo Emérito de Anápolis (GO)


Caros irmãos no Episcopado,

Suportem-me, que o menor dos irmãos lhes possa dirigir uma palavrinha amiga, mas angustiada de quem se prepara, temeroso, para partir.
Pelo amor de Deus! Estamos diante de uma situação humanamente irreversível. A América Latina, outrora “Continente da Esperança”, como a saudava João Paulo II, hoje mergulha na ante-câmara do terrorismo vermelho, aliás, como prenunciava aos pastorinhos de Fátima a Senhora do Rosário.
Podem parecer, a essa altura, resquícios de uma idade de trevas, mas tudo acontece como se ouviu em dezembro de 1917 (“a Rússia comunista espalhará seus erros pelo mundo, com perseguições à Igreja, etc.”). Assusta-me a corrupção dentro da Igreja, o desmantelamento dos seminários, a maçonização de Cúrias e Movimentos.
Horroriza-me a frieza com que olhamos tal estado de coisas. Somos pastores ou cães voltados contra as ovelhas? Somos ou não, alem disso, cúmplices de uma política atéia empenhada em apagar os últimos traços da nossa vida cristã?
Perdoem-me, mas não poderia deixar de falar, sem me sentir infiel à minha consciência e à minha Igreja.

Parabéns a Dom Luiz Gonzaga Bergonzini e a Dom Henrique Soares da Costa.

In Xto et Matre,
Dom Manoel Pestana Filho
Bispo Emérito de Anápolis

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Parabenize Dom Luiz Gonzaga Bergonzini

O Bispo de Guarulhos Dom Luiz Gonzaga Bergonzini merece os nossos aplausos.
Não apenas ele orientou os cristãos a negarem seu voto aos defensores do aborto, mas indicou concretamente quem defende o aborto.
Sua atitude é uma luz que brilha em nosso país neste tempo crítico das eleições.

*Parabenize Dom Luiz Gonzaga Bergonzini clicando
aqui*domluiz@diocesedeguarulhos.org.br,curia@diocesedeguarulhos.org.br?subject=Parabens_a_Dom_Luiz_Gonzaga&body=Solidarizo-me%20com%20sua%20coragem%20em%20orientar%20os%20cristaos%20a%20nao%20votarem%20em%20Dilma%20Rousseff.

"Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" (Mc 12,17)
29-07-2010 - 18:38

Com esta frase Jesus definiu bem a autonomia e o respeito, que deve haver entre a política (César) e a religião (Deus). Por isto a Igreja não se posiciona nem faz campanha a favor de nenhum partido ou candidato, mas faz parte da sua missão zelar para que o que é de “Deus” não seja manipulado ou usurpado por “César” e vice-versa.
Quando acontece essa usurpação ou manipulação é dever da Igreja intervir convidando a não votar em partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família, pois tudo isso é de Deus e não de César. Vice-versa extrapola da missão da Igreja querer dominar ou substituir- se ao estado, pois neste caso ela estaria usurpando o que é de César e não de Deus.
Já na campanha eleitoral de 1996, denunciei um candidato que ofendeu pública e comprovadamente a Igreja, pois esta atitude foi uma usurpação por parte de César daquilo que é de Deus, ou seja o respeito à liberdade religiosa.
Na atual conjuntura política o Partido dos Trabalhadores (PT) através de seu IIIº e IVº Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente), ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) através da punição dos deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por serem defensores da vida, se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.
Na condição de Bispo Diocesano, como r e s p o n s á v e l pela defesa da fé, da moral e dos princípios fundamentais da lei natural que - por serem naturais procedem do próprio Deus e por isso atingem a todos os homens -, denunciamos e condenamos como contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida,dom de Deus,como o suicídio, o homicídio assim como o aborto pelo qual, criminosa e covardemente, tira-se a vida de um ser humano, completamente incapaz de se defender. A liberação do aborto que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos nãopode ser aceita por quem se diz cristão ou católico. Já afirmamos muitas vezes e agora repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto. (confira-se Ex. 20,13; MT 5,21).
Isto posto, recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais “liberações”, independentemente do partido a que pertençam.
Evangelizar é nossa responsabilidade, o que implica anunciar a verdade e denunciar o erro, procurando, dentro desses princípios, o melhor para o Brasil e nossos irmãos brasileiros e não é contrariando o Evangelho que podemos contar com as bênçãos de Deus e proteção de nossa Mãe e Padroeira, a Imaculada Conceição.

D. Luiz Gonzaga Bergonzini, Bispo de Guarulhos

Fonte: http://www.diocesedeguarulhos.org.br/miolo.asp?fs=menu&seq=204&gid=1

sábado, 7 de agosto de 2010

CREIO, SEM MEDO DE CRER.


Credo in unum Deum, Patrem omnipotentem,
factorem caeli et terrae,
visibilium omnium et invisibilium.
Et in unum Dominum Jesum Christum
Filium Dei unigenitum.
Et ex Patre natum ante omnia saecula.
Deum de Deo, lumen de lumine,
Deum verum de Deo vero.
Genitum, non factum,
consubstantialem Patri :
per quem omnia facta sunt.
Qui propter nos homines, et propter nostram salutem
decendit de caelis.
Et incarnatus est de Spiritu sancto
ex Maria Virgine :
Et homo factus est.
Crucifixus etiam pro nobis : sub Pontio Pilato
passus, et sepultus est.
Et resurrexit tertia die,
secundum Scripturas.
Et ascendit in caelum : sedet ad dexteram Patris.
Et iterum venturus est cum gloria,
judicare vivos et mortuos :
cujus regni non erit finis.
Et in Spiritum sanctum, Dominum, et vivificantem :
qui ex Patre Filioque procedit.
Qui cum Patre et Filio
simul adoratur, et conglorificatur :
qui locutus est per Prophetas.
Et unam, sanctam, catholicam, et apostolicam Ecclesiam.
Confiteor unum baptisma in remissionem peccatorum.
Et expecto resurrectionem mortuorum.
Et vitam venturi saeculi. Amen.

TRADUÇÃO:

Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso,
Criador do Céu e da Terra,
De todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, luz da luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação
desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria.
e se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu Reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,
e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho
é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos Profetas.
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só batismo para a remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos
e vida do mundo que há-de vir. Amen.

sábado, 31 de julho de 2010

Voltaire, um dos pensadores da Revolução Francesa


A biografia desse homem, que se dedicou à impiedade os 84 anos de sua vida, é-nos relatada por um seu admirador e grande escritor, Jean Orieux (“Voltaire ou la Royauté de l’Esprit”, Flamm-marion, Paris, 1966, 827 paginas). Nesse livro se encontra os traços da vida de Voltaire.

Seu nome era François Marie Arouet, mas conhecido como VOLTAIRE (1694-1778), nasceu na burguesia e era filho de um notário e sua mãe era uma senhora digna. Porém, Voltaire, revoltado contra a sua própria condição - tinha despeito de nao ser nobre - não achou nada melhor para alimentar sua revolta do que denegrir infamemente a sua própria mãe:

“Ele dá a entender muito claramente que sua mãe teria tido amantes e que ele seria filho de um deles.”

Apesar de ser “rico como um próspero banqueiro”, aos 56 anos, morando na Prússia, “ele se acumpliciou com um traficante berlinense, um judeu, Hirsch, para montar um negócio de especulação ilegal. Nada era mais suspeito que seu associado e sua associação”.

Voltaire era anti-religioso, mas por muitas vezes fez-se passar por religioso e fingia estar recolhido em oração. Depois comentou: “É um muito bom estratagema de guerra ir junto aos inimigos para abastecer-se de artilharia contra eles”.

Voltaire era adúltero e incestuoso. Viveu 17 anos com uma mulher casada - Mme. de Chatelet - e chegou a dividir seu leito com outro concubino que ela arranjara, além do próprio marido. Ocorreu de estarem os quatro no mesmo castelo!

Juntou-se também incestuosamente à própria sobrinha, viúva, Mme. Denis.

Voltaire era dominado pela soberba e pelo orgulho. Ele próprio se elogiava. Ademais não admitia criticas a suas obras, e quando as recebia entrava “em crise de furor”.

Quando assistia as representações de suas peças “ele saltava por vezes na cena e corria entre os atores. Em sua poltrona, ele exclamava, gemia, chorava enquanto agitava o lenço, e até desmaiava caído sobre seu assento”. Desprezava o povo simples, ao qual chamava “a canalha”, queria que se “proibisse o estudo para os trabalhadores”, e dizia que “o maior serviço que se possa prestar ao gênero humano consiste em separar o povo tolo das pessoas de bem, para sempre”.

A MORTE DE UM ÍMPIO

O médico que o viu morrer, Tronchin, escreveu:

“Eu queria que todos os que foram seduzidos por seus livros fossem testemunhas de sua morte. Não é possível manter-se ante tal espetáculo... Pouco tempo antes de morrer entrou em agitações horríveis, gritando com furor: ‘Eu estou abandonado por Deus e pelos homens’. Mordia os dedos, e levando as mãos a um vaso noturno, tomando o que ali havia, ele o bebeu”.

Mme. Villete, dona da casa em que morreu Voltaire, contará mais tarde ao Pe. Depery que descreverá a seguinte cena: Voltaire “via o diabo nas cercanias da cama e gritava como um condenado: ‘ele está lá, ele quer me pegar, eu vejo o inferno’”.

No dia 30 de maio de 1778, às 11 horas, Voltaire estava com os olhos fechados quando “repentinamente lançou um grito atroz, terrível, interminável” e morreu. Todos ficaram aterrorizados.

(Trechos de publicação da Revista "Catolicismo" numero 466 de outubro de 1989)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Rui Barbosa - Discursos Parlamentares

Senhores e Senhoras leitores do meu Blog. Apesar desse não ser um assunto religioso, penso ser oportuno publicar.



COLEÇÃO: DISCURSOS PARLAMENTARES

Rui Barbosa:

"A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.
A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.
A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto...
Essa foi a obra da república nos últimos anos.
No outro regime (a monarquia); o homem que tinha uma nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre - as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos temiam a que, acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade gerais.
Na república os tarados são os tarudos. Na república todos os grupos se alhearam do movimento dos partidos, da ação dos Governos, da prática das instituições. Contentamo-nos hoje com as fórmulas e aparências, porque estas mesmo vão se dissipando pouco a pouco, delas quase nada nos restando.
Apenas temos os nomes, apenas temos a reminiscência, apenas temos a fantasmagoria de uma coisa que existiu, de uma coisa que se deseja ver reerguida, mas que, na realidade, se foi inteiramente.
E nessa destruição geral de nossas instituições, a maior de todas as ruínas, Senhores, é a ruína da justiça, colaborada pela ação dos homens públicos, pelo interesse de nossos partidos, pela influência constante de nossos Governos. E nesse esboroamento da justiça, a mais grave de todas as ruínas é a falta de penalidade aos criminosos confessos, é a falta de punição quando se aponta um crime que envolve um nome poderoso, apontado, indicado, que todos conhecem... "

(OBRAS COMPLETAS - VOL. XLI - 1914 - TOMO III - PÁG.86/87)

domingo, 25 de julho de 2010

Nossa Senhora, livrai-nos do perigo do Comunismo

Prezados amigos do O COMBATE, o Pe. David rezou uma prece de suma importância para nossos dias. Fiquemos atentos.


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Código da Cavalaria Medieval

CÓDIGO DA CAVALARIA MEDIEVAL

I- Crerás em tudo quanto ensina a Igreja e observarás todos os seus mandamentos.

II- Defenderás a Igreja.

III- Protegerás as viúvas, os órfãos e os fracos.

IV- Amarás o país em que nasceste.

V- Não recuarás diante do inimigo.

VI- Farás ao infiel guerra sem trégua e sem mercê.

VII- Cumprirás exatamente teus deveres feudais se não forem contrários à lei de Deus.

VIII- Não mentirás e serás fiel à palavra dada.

IX- Serás generoso e farás liberalidade a todos.

X- Serás o defensor do direito e do bem, contra a injustiça e contra o mal.